Hoje, com a assinatura da adesão da Fundação Brazelton / Gomes-Pedro à Carta Portuguesa para a Saúde Relacional vivemos um momento especial. Daqueles que ficam para a vida. O Professor João Gomes-Pedro é uma das figuras cimeiras da Medicina portuguesa. O seu contributo para um rosto humano da Pediatria, que nos deu um olhar profundo e humanista dessa relação com a Criança e a Família, é singular. Hoje reencontramo-nos. Ouvimo-lo com a atenção que os Mestres merecem e aprendemos muito. Como sempre. A gratidão também a quem nos recebeu - a Fundação Nossa Senhora do Bom Sucesso e a sua excelente equipa - e às lideres notáveis da Fundação Brazelton / Gomes-Pedro, nomeadamente a Prof. Ana Teresa Brito e a Dra Maria João Rocha. (Do livro “A criança na humanização dos cuidados de saúde e de educação” J Gomes-Pedro)“ François Jacob, prémio Nobel de Medicina de 1965, afirmou uma vez, em Portugal, que sendo a Medicina cada vez mais científica, ela tem de ser cada vez mais relacional. Direi, não só a Medicina... Num todo relacional, os genes projectam-se numa dimensão moral. Os nossos genes têm de ser cada vez mais genes relacionais cativando uma dimensão moral. Afinal de contas, o nosso genoma não difere tanto assim do do rato... O que faz a diferença é o que sobra da relação, determinando o senso moral. O desafio para as famílias, para os educadores, para os profissionais da saúde é a motivação para este senso. Temos que viabilizar coerência através das etapas que condicionam a relação. “Por isso, investir no futuro é, quanto a mim, investir cedo quando se constrói o sentido de família e investir, depois, na vida relacional. Este é o caminho para a humanização da vida (…)