Educação Relacional

Hoje compreende-se cada vez melhor o peso específico da qualidade relacional entre os vários intervenientes num ecossistema educativo. Como James Comer refere “não podem acontecer aprendizagens significativas sem relações significativas”. Isso é válido não só para a relação Educador/Aluno, mas também, entre outras, as relações entre alunos, entre docentes e entre estes e as famílias dos alunos.‍

Porém, é preciso ir mais longe.  Uma nova “lente” de análise e de ação pode representar um valor acrescentado que permite uma nova narrativa que refresque o que se faz bem, como abra espaço para respostas inovadoras.

Sendo educar um ato relacional, o sistema escolar tem um papel fundamental para que os seus atores chave (aluno, educador, família e comunidade) possam adquirir as competências relacionais necessárias à criação de relações significativas que contribuem diretamente para a formação de alunos com competências globais, necessárias à complexidade do mundo atual.

Contudo, regista-se, por vezes, nas nossas escolas, um déficit de qualidade relacional que introduz ineficiências nos processos de ensino/aprendizagem, dificuldades de funcionamento, conflitos interpessoais, alheamento das partes interessadas, dentre outros desafios.

No entanto, acredita-se que para superá-los pode ser desenvolvido um processo intencional de construção de capital relacional, promovendo a consciencialização da importância das relações e a literacia relacional com impactos no sucesso escolar e no bem-estar de toda a comunidade escolar.

Nesse sentido, promover a consciência da importância da educação relacional e de como ela poderá ser útil para a promoção do sucesso escolar, constituirá o objetivo central deste Projeto.